sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A ESTRUTURA DO UNIVERSO



Citando Platão: “A astronomia obriga a alma a olhar mais longe ...”


O SISTEMA SOLAR

O nosso planeta encontra-se à distância de 150 milhões de quilómetros do Sol. A velocidade da luz no vácuo é de 300.000 quilómetros por segundo; o que faz com que a luz demore 8 minutos a chegar à Terra. Por esta razão dizemos que a nossa distância ao Sol é de 8 minutos-luz. No sistema solar, o planeta que está mais distante do Sol é o planeta Plutão e, localiza-se a 62 minutos-luz deste.

Compôem o nosso sistema solar: o Sol; nove planetas, cerca de 90 satélites que orbitam os planetas, um grande número de pequenos astros (os cometas e asteróides), e o meio interplanetário. Embora, hoje, já saibamos que o número de satélites é maior, uma vez que que pela comunidade cientìfica foram recentemente descobertos mais satélites planetários, só que pelo facto de ainda não terem sido oficialmente baptizados, não constam nesta relação. Todavia, podemos ainda classificar os planetas do nosso sistema solar, como planetas do sistema solar interior: o Sol, Mercúrio, Vénus, Terra e Marte; e, planetas do sistema solar exterior: Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.

No nosso sistema solar, os planetas orbitam em torno do Sol, numa trajectória elíptica, embora Mercúrio e Plutão tenham uma trajectória orbitral quase circular. As órbitas dos planetas estão mais ou menos no mesmo plano (a chamada eclíptica). A eclíptica está inclinada 7 graus em relação ao plano do equador do Sol. E, a órbita de Plutão é aquela que mais se desvia do plano da eclíptica, com uma inclinação calculada em 17 graus. Todos os planetas orbitam na mesma direção (anti-horário).

Para além dos planetas, existem no nosso sistema solar pequenos astros: os satélites dos planetas; um grande número de asteróides (pequenos corpos rochosos) que orbitam o Sol, a maioria entre Marte e Júpiter; e os cometas (pequenos corpos congelados) que veêm e vão das profundezas do sistema solar, em órbitas altamente alongadas e em orientações aleatórias em relação à eclíptica. Com poucas exceções, os satélites planetários orbitam no mesmo sentido que os planetas e aproximadamente no plano da eclíptica. Todavia, o mesmo já não é verdade para o que se refere a cometas e asteróides.

A VIA LÁCTEA

À noite, quando olhamos o céu despido de nuvens, ao observarmos o firmamento, compreendemos que nos são vizinhas, em todas as direções, um incalculável número de estrelas, todas elas semelhantes ao nosso Sol. A estrela mais próxima do Sol chama-se Próxima Centauro e distância de nós 4,2 anos-luz. Dentro de um raio de 20 anos-luz do Sol, somente podemos encontrar 20 estrelas, distribuídas de forma aleatória. Aliás, houve uma época em que a humanidade pensava que as estrelas estavam distribuídas aleatoriamente por todo o universo. Hoje, sabemos que as estrelas reúnem-se em grupos imensos, com formas e movimentos característicos. A esses grupos damos o nome de galáxias. A nossa galáxia, que recebe o nome de Via Láctea, é constituída por centenas de milhões de estrelas e tem um diâmetro de 100.000 anos-luz. A Via Láctea está para o universo assim como nossa cidade está para o planeta Terra.

AGLOMERADOS E SUPERAGLOMERADOS GALÁCTICOS

As Constelações não são mais do que agrupamentos de estrelas aos quais os astrónomos da antiguidade imaginaram ver formas de figuras, que por sua vez estão integradas em agrupamentos maiores, as galáxias, as quais também se reúnem em grupos.

A Via Láctea faz parte de um extenso aglomerado de 20 galáxias ao qual chamamos o Grupo Local. O diâmetro do Grupo Local é de aproximadamente 4 milhões de anos-luz. Próximos ao Grupo Local, também em todas as direções, encontram-se vários e vários outros aglomerados, os quais também se reúnem em grupos. O Grupo local juntamente com algumas dezenas de outros aglomerados constituem o que chamamos o Super Aglomerado Local. O Grupo Local encontra-se próximo à borda do Super Aglomerado Local que tem um diâmetro apróximado de 150 milhões de anos-luz.

FORMA E DIMENSÃO DA VIA LÁCTEA

A nossa Galáxia tem o diâmetro de apróximadamente 100.000 anos-luz, embora recentes medições provaram que em determinados lugares, esta tenha um raio superior a 50.000 anos-luz. Em média, a Via Láctea tem uma espessura de 2.000 anos-luz, porém, a "visão lateral da Galáctica" revela que existe no seu centro um Caroço Galáctico, com um diâmetro de cerca de 3.000 anos-luz e uma espessura de até 5.000 anos luz. Chamamos também a esta parte da Via Láctea “protuberância central".

ESTRUTURA DA VIA LÁCTEA

Se olharmos para A Via Láctea "de fora" dentro no espaço tridimensional, podemos distinguir três componentes principais: O Disco Galáctico que é formado por cerca de 100 milhões de estrelas jovens e estrelas de idade média que são organizadas ao longo dos braços espirais. Os cinco braços mais importantes são: o Orion, o Perseus, o Sagitário, o Centaurus e o Cygnus. Os braços Galácticos revolvem-se ao redor do centro Galáctico. O Sol precisa de 225 milhões de anos para dar uma volta completa ao redor do Caroço Galáctico. Por sua vez, o Disco Galáctico ainda contém numerosas regiões de formação de estrelas activas que consistem os antecessores das actuais estrelas, isto é: nebulosas gasosas, glóbulos e estrelas de prótons.

Por outro lado, o caroço Galáctico tem uma densidade de estrelas muito mais alta que as outras partes da Galáxia. Para além disso, os 1.500 anos-luz internos da Galáxia contêm um reservatório enorme de gás, mais concentrado que em qualquer outra região Galáctica e que é bastante para formar mais de 100 milhões de novas estrelas.

O SOL DENTRO DA VIA LÁCTEA

Dentro da nossa Galáxia, o nosso Sol é apenas um ponto minúsculo na totalidade das estrelas, que se perde na luz de 100 bilhões pontos similares. O espaço interestrelar é preenchido por átomos de gás e grandes nuvens de pó, que prejudicam a nossa visão às partes mais íntimas da Galáxia. Consequentemente, é muito difícil determinarmos qual é a nossa exacta posição na Galáxia, pelo que só podemos determinar a posição relativa a um único ponto fixo dentro do sistema de estrelas que giram em redor do centro Galáctico. Nesta base, foi determinado que na nossa Galáxia, o Sol ocupava uma posição periférica, ou seja, está a 33.000 anos luz do centro Galáctico e, situa-se num dos braços espirais, no braço de Orion.

O UNIVERSO CONHECIDO

Por consequência da Grande Explosão, que deu origem ao universo, segundo a teoria do Big Bang, todo o universo está em expansão. Pelo que o Super Aglomerado Local também tem como vizinho, em todas as direções, outros aglomerados e super aglomerados, que se movem e afastam-se uns dos outros. Quanto mais distante um corpo se encontra de outro, maior é a sua velocidade de afastamento. Através do horizonte observável, detectamos para além da radiação uniforme proveniente da "Grande Explosão Cósmica", pontos de grande intensidade de radiação, aos quais denominamos quasares e, são os objetos mais distantes que podemos observar no universo. Os mais longínquos, distanciam aproximadamente 16 bilhões de anos-luz, e afastam-se de nós a uma velocidade superior a 90% da velocidade da luz. Pela ciência actual, a velocidade da luz é uma velocidade limite; somente atingível por corpos muito especiais, como seja o fóton, que não têm massa.

OLHANDO PARA O PASSADO

Quanto mais distante vemos um objecto, mais no passado estamos a observá-lo. Pois, se neste momento ocorresse uma explosão no Sol, só a poderiamos ver daqui a 8 minutos. Pelo que a Próxima Centauro que neste momento póssamos ver, na realidade estamos a observar a Próxima Centauro de há 4,2 anos atrás. Da mesma forma, a luz que detectamos hoje dos quasares, foi emitida há bilhões de anos atrás, antes mesmo da nossa galáxia existir.

FUROR VIOLÊNCIA E GUERRA

A Física descobriu que o universo é um caldeirão de furor, violência e guerra, com explosões e implusões de astros, choques de galáxias, estrelas que se entreparasitam e se entredevoram canibalescamente, pelo que sem cessar apagam-se ou explodem estrelas, congelam-se planetas; sem cesssar, reúnem-se fragmentos e poeiras de astros mortos, girando em espiral sobre si mesmas para darem nascimento a novas galáxias e a novas estrelas, ou seja no universo tudo está em movimento, em agitação e em desarmonia.

CONCLUSÃO

A Terra não passa de um insignificante ponto azul, e o nosso Sol é apenas uma estrela entre milhões de estrelas de uma pequena galáxia, a qual também é um pequeno ponto entre centenas de milhões de outros super aglomerados, onde se verifica constantes explosões de materiais e gases que vão dar forma a novos planetas e a novas estrelas. Pelo que quanto a viajarmos no espaço cideral, presentemente, a humanidade só poderá sonhar, ou então, poderá assistir a filmes do tipo Star Trek, para desse modo ter uma visão do possível futuro do género humano, a arriscar-se na totalidade vasta e desconhecida do universo, como outrora o fizeram nos vastos e desconhecidos oceanos, os nobres e corajosos cavaleiros da Ordem de Cristo.

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